Marco Aurélio Pitta *

O ano de 2020 promete ser bem movimentado para operações de fusões e aquisições no Brasil. As chamadas operações de M&A (fusões e aquisições em inglês) tornam-se cada vez mais comuns aqui no nosso país. O ano passado já foi um sucesso. Segundo a consultoria Evolua, o segmento de fusões e aquisições em movimento R $ 307 bilhões em 2019, uma alta de mais de 58% é comparável a 2018. Educação, Saúde, Tecnologia da Informação, Telecom e Imobiliário são alguns exemplos de setores que causam sucesso no ano passado.

Quem pode acreditar que 2020 pode ser melhor ainda? São vários fatores, como ambiente favorável de Reformas, como Tributária e Administrativa; expectativa de crescimento do PIB; bolsa de valores com registros históricos; SELIC no Brasil; juros baixos na Europa e mínimos nos EUA; aumento do nível de confiança dos investidores nacionais e estrangeiros; esforço do governo para simplificar o ambiente de negócios no Brasil.

Consultorias como PwC e KPMG já apontam tendências para expandir por aqui. Alia-se a uma onda de movimentos que deve continuar por este ano: a criação de Unicórnios brasileiros e IPOs dentro de um país. Esses movimentos geram poder financeiro para grandes corporações que, para crescer, precisam fazer aquisições, crescer de forma não orgânica. Do outro lado, como empresas familiares veem com propostas cada vez mais "tentadoras", ficam presas ao mesmo tempo com dificuldades de sucessão familiar no negócio e na falta de uma boa governança corporativa.

Mas não é possível usar negócios que buscam fazer a lição de casa, deixando seus negócios no melhor “compliance” possível. Como empresas que não estão em boa ordem, com uma contabilidade no dia e sem riscos legais, os trabalhadores e tributários podem fazer com que perderam ou tenham interesse em incluir um bom ativo.

Passando desse nível, não podemos esquecer que todos os M&A precisam ter um cuidado especial. São processos desmembrados que vão avaliar interessados ​​em quem quer comprar e quem quer vender, analisar uma viabilidade jurídica da operação, preparar uma modelagem financeira (avaliação) para justificar o negócio, contratar e realizar uma due diligence , definir o preço de venda e confeccionar e assinar o SPA (Contrato de Compra e Venda). E tudo isso pode demorar semanas, meses e até anos ... sem falar após o fechamento da operação.

Os bons avaliadores dos dois lados (comprador e vendedor) são fundamentais para que esse tipo de negócio seja concretizado. Por outro lado, isso se torna uma grande oportunidade para profissionais que experimentam esse processo além do conhecimento em áreas como Finanças, Contabilidade e Direito.

Como você vê, processos de fusões e aquisições movimentadas em economia e benefícios, principalmente, profissionais que estão preparados para acompanhar projetos estratégicos deste tipo, que está apenas começando. Grandes desafios e oportunidades pela frente ... que venham os M & As!

* Marco Aurélio Pitta é um profissional de contabilidade, coordenador e professor do programa de MBA em Finanças de Alta Performance da Universidade Positivo.